A Vilaminho
– Promoção Imobiliária SA tem um projeto alternativo de criação de um parque
urbano nos terrenos envolventes ao antigo sistema de abastecimento de água das
Sete Fontes, na zona norte-nordeste da cidade de Braga, e abriu uma exposição
para mostrar o seu trabalho a todos os bracarenses.
A empresa
imobiliária, que é a segunda maior proprietária de terrenos nas Sete Fontes – e
que tem visto a Câmara Municipal de Braga fugir ao diálogo e à negociação –,
contratou o arquiteto-paisagista Daniel Monteiro, cujo trabalho será agora
exposto na Galeria de Janes, no Largo S. João de Souto nº 14/15, no centro
histórico de Braga.
Todos os
cidadãos interessados podem visitar a exposição, que abriu nesta terça-feira,
16 de abril, e estará patente de segunda a sexta-feira das 10h00 às 13h00 e das
15h00 às 19h00.
O arquiteto-paisagista
Daniel Monteiro, que tem o seu gabinete na Rua 25 de Abril, em Braga, elaborou
um estudo que contempla um parque verde nas Sete Fontes, com uma extensão de 14
hectares, superior ao parque anunciado pela Câmara Municipal, assim como zonas
de construção. Esta solução, que prevê um parque urbano “com vida”, que respeite o património, a cultura e a memória
coletiva daquele espaço, contemplando alguma construção de qualidade, é vista
como a ideal para pacificar as relações entre a Câmara Municipal e os
proprietários dos terrenos das Sete Fontes, que não aceitam ceder os terrenos
por 10 euros por metro quadrado.
Depois de
tornadas públicas as linhas principais do plano municipal para os terrenos das
Sete Fontes, o arquiteto-paisagista Daniel Monteiro considera que “a Câmara Municipal de Braga e a VILAMINHO
defendem ideias idênticas para as Sete Fontes”.
Em sua
opinião, “o que é importante é que as
partes consigam sentar-se à mesa”, sendo o seu trabalho uma base para o
restabelecimento do diálogo. Sobre o trabalho exposto, que é o seu projeto para
as Sete Fontes, Daniel Monteiro afirma: “Este
estudo deve ser encarado como uma proposta para uma discussão pública sobre
aquilo que o município de Braga e os bracarenses pretendem para as Sete Fontes.
A preocupação central com este estudo conceptual foi criar uma base viável de
discussão e de avaliação do que é que se poderá fazer. Esta proposta é uma base
de conversa, um bom ponto de partida, para discutir o futuro das Sete Fontes e
resolver o impasse em que aquele território se encontra.”
O empresário
Ermelando Sequeira, por seu turno, insiste na sua disposição para dialogar com a
autarquia liderada por Ricardo Rio: “Estamos
de boa-fé neste processo. De tal modo que estamos dispostos a ceder este
projeto à Câmara Municipal de Braga. Queremos o melhor para a cidade e para os
bracarenses e estamos disponíveis para o diálogo e para a negociação”.
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